segunda-feira

Só assim...

O frio gelava os pés, as mãos, o nariz… A hora já ia adiantada, a chuva trazia o desconforto, e a ausência de afecto já se fazia sentir.
Podia ter-me deixado levar pelo cansaço, pelo frio, pela comodidade de uma cama grande e de um sono tranquilo, mas sem perceber bem porquê, deixei-me ir…
A espera pareceu uma eternidade, o sono teimava em fechar-me os olhos e o relógio parecia ter parado. Queria o aconchego do abraço por um minuto que fosse. E esperei… muito mais do que inicialmente me permiti esperar, sem saber se a vontade seria a mesma…
O primeiro contacto é sempre o sorriso, que aparece facilmente mesmo quando tento parecer fria e indiferente. Depois surgem as conversas novas, as histórias antigas, as piadas de sempre que me fazem dobrar o riso, tal como as crianças quando estão felizes! Que capacidade é essa de me fazeres rir tanto?
O relógio ganha uma nova energia e o tempo começa a voar.
Demora sempre a acontecer o primeiro abraço, como se fossemos estranhos na presença um do outro, mas depois tudo flui e só nos limitamos a deixar acontecer… Perco-me facilmente no conforto daquele abraço fechado.
Ficamos ali mesmo, afastados do mundo real, perdidos nas horas e em afectos! Agarrada a ti, como quem tem medo se sair da concha, desejo que o tempo não avance.
A cumplicidade, os sorrisos fáceis, a partilha, o conhecimento, o carinho, a atenção, parece que tudo isto começa a fazer parte do meu dia!

E sabes uma coisa? Gosto assim, só assim…

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